quarta-feira, 31 de março de 2010

Sou HEREGE assumido! E daí?

Hermes C. Fernandes

Quer mesmo saber? Sou herege! E digo isso com o peito cheio. Se quiser, pode me mandar pra fogueira agora mesmo. Estou pronto a morrer pela mensagem subversiva de que sou portador. Mesmo porque, não valeria a pena viver por algo pelo qual não se disponha a morrer.

Minha heresia?

Discordar do que tem sido feito em nome da ortodoxia.

Meu problema não é com a ortodoxia em si, mas com a práxis dos hipócritas que vivem o avesso do que afirmam crer. Eles me dão ânsia de vômito.

Por isso, resolvi chutar o balde e assumir de vez a postura de herege.

Eles pregam a divindade de Jesus, porém tratam-nO como se fosse um empregadinho. Chamam-No de Senhor, mas exigem que Se lhes submeta, atendendo às suas ordens, determinações e decretos.

Ensinam a divindade do Espírito Santo, mas ridicularizam-nO com manifestações bizarras que não temem atribuir a Ele.

Pregam a salvação pela graça, e em seguida exigem que seus seguidores façam sacrifícios complementares para assegurar-lhes a condição de salvos.

Pregam que Jesus está às portas, mas levantam campanhas milionárias para construir catedrais suntuosas ou adquirir aviões, em vez de pregar a esperança de dias melhores e contribuir para amenizar as injustiças sociais.

Ensinam a generosidade só para colocá-la à serviço de sua própria avareza.

Cansei de fundamentalismo barato, intelectualmente preguiçoso, e ideologicamente comprometido com os poderes deste mundo. Cristãos que preferem ladear os poderosos, e desprezar os miseráveis e excluídos. Denunciam a pretensão socialista de que o Estado ocupe o lugar de Deus, mas fazem vista grossa ao Estado Neo-liberal que se presta ao papel de Diabo.

Prefiro a isenção profética! Não quero aliar-me a qualquer que seja a ideologia, pois todas são inequivocadamente imperfeitas. Prefiro ser porta-voz do Reino, a ser defensor de agendas ideológicas. Marx não me convence! Mas não será Olavo de Carvalho que me converterá ao conservadorismo. Não me curvo ao Estado, mas também não me prostro ante o Capital. Ambos são potencialmente ídolos. Ambos exigem lealdade absoluta, coisa que só devo ao império de Cristo.

Livre comércio? Sim. Mas não ao custo da justiça. Justiça social? Sim. Mas não ao custo da liberdade. Por isso, não sou nem socialista, nem capitalista. Sou mesmo um reinista.

Por favor, não me rotulem. Não sou penteca, mas também não morro de amores pelo tradicionalismo mofado que só serve ao orgulho denominacional idiota. Eu já disse e repito: Sou reinista! Só devo lealdade ao Rei dos reis!

Crer na contemporaniedade dos dons não me faz carismático nem pentecostal; crer na soberania divina não me faz calvinista; apreciar arte sacra não me faz idólatra, e negar-me a ajoelhar-me ante a uma imagem não me torna iconoclasta. Crer na intervenção divina em atendimento às nossas preces também não me faz um neo-penteca.

Se insistirem em me taxar, prefiro que me chamem de herege. Pelo menos serei identificado com os injustiçados, vítimas dos sistemas opressores que se arrogam detentores da verdade absoluta. Prefiro isso a ser identificado com os que oprimem, e em cujas mãos estão acesas as tochas da intolerância, prontas a atear fogo nos discordantes e rebeldes.

Se reeditarem a santa inquisição, a maioria dos líderes que explora seus rebanhos ficará de fora. E sabe por quê? Porque são todos ortodoxos e dogmáticos. Todos têm em comum a crença no concepção virginal de Cristo, em Sua ressurreição ao terceiro dia, em Sua ascensão, na Criação em sete dias literais, etc. Nenhum deles pode ser acusado de heresia. Eles até poderiam escapar ilesos das chamas inquisitoriais, mas duvido que escapariam de outra chama!

Prefiro ser torrado nas fogueiras dos meus detratores a ter minha consciência chamuscada pela culpa, e minha alma alvejada pelas chamas do inferno.

Sou herege assumido, e quem não for... que acenda a primeira tocha!


Heresia, do latim haerĕsis, por sua vez do grego αἵρεσις, "escolha" ou "opção"

Publicado em Genizah.

Não, O Brasil Definitivamente não é Gay

BBB É A MAIOR EXPRESSÃO DA SUBCULTURA MIDIÁTICA BRASILEIRA, MAS PODE SER QUE TENHA PRESTADO UM PEQUENO SERVIÇO DESSA VEZ

Para que ninguém se apresse a tirar as suas maldosas conclusões somente pela ligeira leitura do título do post, adianto-me a afirmar que não acompanho a baixaria que já se repete há uma década na televisão aberta brasileira (não só pela óbvia verdade de que seja pecado, mas também por motivos puramente racionais e ideológicos, de modo que se fosse ateu, ainda assim teria amplas e justificadas razões para não acompanhar esse tipo de programação). Porém, não posso fingir que não sei o que está acontecendo, pois os sites, jornais e muitos outros meios de comunicação divulgam o reality show global, Big Brother Brasil, como se fosse algo extremamente importante e imprescindível para a sociedade. Quanto a isso, minha opinião é de que a política romana do “pão e circo” não mudou quase nada nos últimos séculos. E mais, sua eficácia é prova incontestável que essa é a melhor maneira de manter o povo entretido enquanto o Estado está em queda livre! No país que a maioria dos brasileiros não se lembra o nome do último político em quem votou, mas arrisca-se a opinar acerca da escala do próximo jogo, de quem vai ficar com quem no final da novela ou qual dos “brothers” vencerá o próximo reality show, não é difícil concluir que tenhamos uma politização de adestramento. O problema já vem de longe, desde o achamento do país, até sua completa expropriação por parte dos europeus que, a base de chibatadas ou de mentiras, apropriaram-se indebitamente das terras que proviam os genuínos brasileiros que aqui já viviam. Sei que, infelizmente, essa herança cultural da domesticação ainda nos acompanhará por muitos anos. A cultura bovina da aceitação passiva e acrítica das normas e regras mais arbitrárias que existem ainda perdurará.

Entretanto, essa noite, a ditadura da subcultura homossexual sofreu mais um terrível golpe e revelou algo já comprovado por várias pesquisas realizadas no país: o Brasil não é gay! Há pouco mais de um ano, o jornal carioca O Globo, em sua edição de 8 de fevereiro, divulgou uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo em parceria com a Fundação Rosa Luxemburg, dando conta que 99% da população não aceita o homossexualismo como um comportamento normal. Em um microcosmo de 2014 pessoas, a pesquisa conseguiu comprovar sociologicamente que a visão de mundo brasileira, apesar das grandes concessões morais, ainda é de normalidade mediana, pois não se concebe uma relação entre pessoas do mesmo sexo como algo normal.

O reality show global que promove uma das maiores baixarias da televisão aberta brasileira, teve como campeão um participante que declaradamente não aceita o homossexualismo. Na edição da revista Veja do último dia 10, uma pequena reportagem intitulada “O estraga-prazeres”1, afirmou em seu subtítulo: “Estava tudo programado para a décima edição do Big Brother Brasil ser uma festa colorida (sic). Mais eis que o machão Marcelo Dourado botou fogo na casa”.2 Um trecho da matéria diz que uma “parcela do público [acha que] Dourado é um mostro”:

Com a escalação de um emo gay, uma drag Queen, uma lésbica e heterossexuais simpatizantes, a décima edição do BBB era destinada a ser uma celebração da “diversidade”, para usar a palavra em voga entre os politicamente corretos. Mas Dourado, de 37 anos (e que teve passagem apagada por uma versão anterior do BBB), estragou a festa. Militantes acusam-no de homofobia por declarações como a de que só os gays transmitiriam aids — que levou a Procuradoria da República em São Paulo a instaurar um inquérito contra a Globo. Há duas semanas, irritado com as fofocas da lésbica Morango, Dourado deu outra baixaria. Em meio a palavrões, vociferou que quebraria seus dedos e a despacharia para um hospital “se ela fosse homem”.3
 É claro que sei que tudo pode não ter passado de um golpe de publicidade para fazer com que o vencedor do ano que vem seja um representante da comunidade GLBTS (Gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e simpatizantes), provocando uma virada do jogo ao levar a opinião pública a fazer com que um homossexual vença a próxima edição. Assim, a edição encerrada há poucas horas, seria na realidade uma forma de panfletagem para demonstrar como é necessário acabar com a discriminação e com a “homofobia” no Brasil. Portanto, nada de comemorar, vamos ficar de olhos bem abertos (não para assistir as baixarias da TV, mas de olho no Congresso Nacional, pois do jeito que a coisa vai o 1% pode ter privilégios inimagináveis sobre os 99%).

A única coisa que quis dizer acima, em termos bem claros e diretos, é que o ganhador já estava previamente definido. O público apenas — corroborando com a tese behaviorista — respondeu ao estímulo desejado pelos produtores da baixaria televisionada. Mas é possível que o contrário seja verdade e o tiro tenha saído pela culatra? Sim, ainda que improvável é possível também. Segundo a mesma matéria da revista Veja, o comportamento discriminador de Dourado deveria ter provocado uma reação negativa no público (isso se a maioria fosse realmente gay). Com a experiência de edições anteriores, o próprio diretor do BBB, Boninho, declarou: “‘O Brasil teria de mudar para que alguém que não seja pobre ou bonzinho triunfe no BBB’”. A despeito do raciocínio do diretor, o texto diz o seguinte:

Essa percepção, no entanto, foi posta em xeque. Dourado bateu a lésbica num paredão com recorde de 77 milhões de votos. Na semana passada, a marca voltou a ser rompida: numa eleição de 92 milhões, ele venceu a namoradinha de seu maior desafeto, o modelo Eliéser. [1] Ao que tudo indica, sua santificação não decorre de uma inclinação do público contra as minorias, e sim o oposto disso. [2] Há a sensação de que ele está sofrendo uma discriminação às avessas — uma espécie de “heterofobia”. [3] É patente que a franca maioria na casa preferiria vê-lo pelas costas. [4] Dourado se beneficia ainda da falta de outras figuras masculinas fortes. [5] Seu contraponto, o também fortão Cadu, é fofo demais para ser macho alfa.4
 Observe atentamente as cinco últimas frases do período acima e pense um pouco acerca da manipulação. No raciocínio do jornalista que assina a matéria, o público teria votado no cidadão pelo fato de ser solidário com a discriminação que ele sofreu (por ser heterossexual) durante o período de confinamento! Em meio a um microcosmo colorido, o único “discriminador” recebeu solidariedade da população. Dessa forma, os 99% seria classificado como “simpatizantes” da homossexualidade. Bem, este é o desejo da ditadura oligárquica, mas a verdade é outra e pode ser que a décima edição do mais fútil dos programas da televisão aberta tenha corroborado com a tese de que, definitivamente, o Brasil não é gay. Motivos para comemorar? O tempo dirá.

NOTAS
1 MARTHE, Marcelo. Matéria: O estraga-prazeres. Revista Veja. Edição n°2 155, ano 43, n°10. Editora Abril: São Paulo, 10 de março de 2010, p.145.



2 Ibid.


3 Ibid.


4 Ibid.

terça-feira, 16 de março de 2010

Pela Unidade no Centenário!


Há alguns dias o estimado Pr. Geremias do Couto postou em seu Blog Manhã com a Bíblia, reflexivo texto com o seguinte tema: "Centenário da AD no Brasil: de que lado você está?", onde o mesmo revela a triste realidade de divisão existente na comemoração do centenário da Assembléia de Deus brasileira, estimulando a todos os participantes desta comemoração a lutarem pela unidade na comemoração do nosso primeiro centenário. (clique aqui e leia o texto na íntegra). Essa manifestação tornou-se ponta pé inicial para uma campanha abraçada, até o momento, por muitos que querem ver uma outra realidade no Centenário AD Brasil. Abaixo, segue na íntegra, postagem relacionando os desdobramentos desta campanha, através de postagem publicada no Blog Manhã com a Bíblia e muitos outros blogs:
Um grupo de blogueiros assembleianos aderiu à campanha pela unidade nas comemorações do Centenário das Assembleias de Deus. O pastor Carlos Roberto, em recente encontro com o responsável por coordenar tais atividades, mencionou o tema e algumas semanas depois o pastor Geremias do Couto o trouxe para o blog com a postagem: Centenário da AD no Brasil: de que lado você está? Logo o irmão Luís, do blog evangelização, sugeriu que se criasse um selo para fomentar a ideia, que foi imediatamente encampada por outros colegas.
Alguns dias depois o irmão Elian Soares, do blog Evangelismo e Louvor, preparou o primeiro rascunho, o qual, depois de receber diversas sugestões, entre as quais a do companheiro Robson Silva, resultou no selo que acabamos de publicar em nossos blogs como uma das ferramentas para alavancar a campanha em favor de uma comemoração unida de todos os assembleianos, no ano do Centenário, incluindo CGADB, CONAMAD e a igreja-mãe, em Belém, PA.
O selo teve como idéia tornar a logomarca oficial do Centenário um quebra-cabeça, onde cada peça representa um ministério, visto que a nossa igreja forma esse grande mosaico com diferentes ministérios e convenções. As quatro mãos que montam o quebra-cabeça significam que a unidade em torno das comemorações do Centenário depende da boa vontade dos líderes e respectivos ministérios e convenções. Nosso papel é fomentar e ajudar essas mãos a montar o quebra-cabeça. Cremos que com a ajuda de Deus poderemos chegar lá. Mas no mínimo fizemos a nossa parte.
Trata-se de uma campanha sem partidarismos, sem donos e espontânea, que pretende estar acima de qualquer facciosismo, visando um verdadeiro congraçamento que contribua para celebrar a unidade, e para o seu fortalecimento, evitando que ela fique mais esgarçada em razão de comemorações que se prenunciam divididas, e que, desta forma, não representam os verdadeiros anseios do povo assembleiano.
Estes são os blogs que lançam, simultaneamente, a campanha na blogosfera cristã e, sobretudo, assembleiana:
A Supremacia das Escrituras, Marcello Oliveira.
A serviço do Rei Jesus, Ev. Jairo Elin.
Alerta final, Gesiel Costa.
Blog da Adélia Brunelli.
Blog do pastor Robson Aguiar.
Blog do pastor Newton Carpinteiro.
Blog do Marcelo Vieira
Blog da UMADEMA
Blog do pastor Eliel Gaby.
Blog do pastor Guedes.
Blog do Ivan Tadeu.
Blog do Pr. Flávio Constantino.
Blog do Pr. José Paulo Porte
Blog do Pr. Levi Agnaldo
Cristianismo Radical, Juber Donizete.
Cristo é a Vida, Pb. Uilton Camilo
Dispensação da Graça Pr Andre Costa
Esboçando a Palavra
E agora, como viveremos?, Valmir Milhomem.
Encontro com a Bíblia, Matias Borba.
Geração Que Lamba, Victor Leonardo Barbosa.
Ide e Anunciai
Manhã com a Bíblia, Geremias do Couto.
Ministério São Paulo, Pr. Brunelli
O pregador, Pb. Juari Barbosa.
O Balido, Judson Canto
Palavra de Mulher, Sarah Virgínia
Philadelfia – Evangelismo e Louvor, Elian Soares.
Plenitude da Graça
Point Rhema, Carlos Roberto Silva.
Profetizando a Palavra, Pb. Uilson Camilo.
Prossigo para o Alvo, Robson de Souza.
Reflexões sobre quase tudo, Daladier Lima.
Teologia Pentecostal, Gutierres Siqueira.
Victória Antenada, Victória Virgínia

Se você deseja ver o povo assembleiano unido nas comemorações do Centenário, una-se conosco. Se você deseja ver as filhas em todo o Brasil ao lado da igreja-mãe comemorando a chegada dos pioneiros Gunnar Vingren e Daniel Berg há 100 anos na cidade de Belém, PA, trazidos pelo Espírito Santo para espalhar o fogo do movimento pentecostal no país, divulgue esta mensagem para outros blogueiros e coloque no seu blog o selo que ora lhe sugerimos.

Seja um fomentador da unidade nas comemorações do Centenário das Assembleias de Deus. Deus pode usar este movimento para aparar arestas, fazer cair por terra vaidades pessoais e cessar toda polarização que hoje tem sido motivo de muita tensão e discórdia entre as nossas lideranças.
Que o Senhor nos ajude.


Cristo em Mente: Há algum tempo esperava ouvir ou ver alguma manifestação de nossos pastores quanto à essas divergências existentes em nosso meio assembleiano. Movido por interesses humanos (ou políticos), o Centenário AD Brasil, que deveria demonstrar a total união das AD's em todo o Brasil, tornou-se um meio para promoção deste ou daquele grupo, desta ou daquela região. Que pensem e reflitam na necessidade de "cederem", para que o Centenário realmente seja das Assembleias de Deus no Brasil, e não das assembleias da Assembleia.


Conselho!!!

Admire Mais
Precisamos desenvolver a admiração em substituição à inveja. Esta atitude requer humildade para reconhecer, valorizar e se alegrar com as conquistas do outro, além de gratidão pela existência de pessoas que lançaram as bases para que pudéssemos ir além. Será possível pensar assim quando se olha para alguém que está fazendo algo tão bom que desperte o desejo de fazer uma coisa igualmente boa? Precisamos evoluir como seres humanos, amando mais a Deus, a nós mesmos e ao próximo. (Paulo Angelim em Morra e Mude). 


Publicado em Instituto Jetro.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Reflexão!!!

Num Brilho Eterno
Quero falar que nem tudo acabou
Ainda existe experança
Tudo acontece se agente entregar
O coração sem reservas
Ao filho de Deus
Brilho o sol pra clarear
A vida de quem encontra a verdade
Que caminha nas ondas do mar
...num brilho eterno
Cristo é o favo de mel pra adoçar
Esse fel que amarga a tua boca
Ele é o farol que te guia no mar
É o amor que explode no peito
E acende a chama do perdão
Se a noite não deixa o teu coração
Lute, não perca a esperança!
Tudo acontece se agente se entregar
O coração sem reservas
   Ao filho de Deus
     O dia vem, 
    A noite vai
Mas a Estrela que nunca se apaga
Permanece pra sempre em teu ser
   Num brilho eterno. 

                                                      Lenilton

terça-feira, 9 de março de 2010

A Função da Igreja

Certa ocasião uma jovem relatou-me que foi questionado a um grupo de jovens qual é a função da Igreja aqui na terra. Ela continuou dizendo que obteve-se várias respostas, dentre as quais: "prestar adoração a Deus"; "ser um verdadeiro adorador"; "ser representante de Deus aqui na terra", etc, etc, etc. Não quero aqui fazer julgamentos à essas respostas, porém, achei oportuno refletir na resposta para tal pergunta, haja vista em nossos dias presenciarmos o surgimento de muitas denominações (não, Igrejas) com os mais variados nomes, bem como os seus mais variados objetivos e finalidades. Uma grande maioria surgem de divisões provocadas por rebeliões. Seus fundadores (ou rebeldes), insatisfeitos com algo em suas denominações de origem, resolvem, ops!, recebem "revelação" de Deus para fundarem um outro ministério ou denominação. Em grande parte o surgimento destas novas denominações (repito, não, Igrejas) deve ao massageio de ego de muitos que querem ser "cabeça" e não "calda", ou ainda para agradar ou servir como opção para determinados grupos: igreja dos surfistas, dos artistas, ops!, dos ex-artistas, dos homossexuais (não é de ex), etc, etc, etc. Pois bem, sem mais delongas (pois se formos falar destes vícios do nossos dias, dará um livro), quero expor aqui de maneira concisa o que penso ser a função primordial da Igreja enquanto estiver nesta terra.
Antes de mais nada, detendo-nos no original da palavra Igreja, teremos o termo grego "ekklesia", que significa "chamados para fora". Num aspecto histórico, os cidadãos de uma determinada cidade eram chamados mediante o toque de uma trombeta, para reunirem-se em assembleia, num local determinado, para discutirem assuntos peculiares à comunidade. Literalmente, Igreja, refere-se a reunião de um povo, por convocação (gr. ekkaleo). Portanto, a Igreja é formada por um grupo de pessoas chamadas para fora do mundo, para formar um povo especial, pertencer a Deus e servi-lo (é válido ressaltar que Igreja, nos termos ora apresentado, refere-se à Igreja como corpo místico de Cristo (1 Co 12), isto é, a Igreja invisível formada por aqueles que se arrependeram de seus pecados e foram redimidos pelo sangue de Jesus, independente de denominação ou organização local aqui da terra).
Cristo Jesus, certa ocasião, interrogou aos seus discípulos o que diziam os homens ser o Filho do Homem. Após ouvir suas respostas, Ele perguntou: e vós o que dizeis que eu sou? Simão Pedro usado pelo Espírito Santo, respondeu: "Tú és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Daí então, o mestre começou a revelar o mistério (Ef 5.32) que até então estava oculto: a Igreja, a qual as portas do inferno não prevalecerá (Mt 16.18). Esta Igreja está edificada em Cristo, não em Pedro (1 Pe 2.4,6,7).
Antes deste episódio, ao convocar os doze que o auxiliaria a fazer a obra terrena, Jesus, deu-lhes poder sobre os demônios e enfermidades, enviando-os a anunciar: "é chegado o reino dos céus" (Mt 10.1-7). Observe que João Batista, antes de Jesus aparecer para iniciar seus trabalhos, começou a pregar da mesma forma, convocando todos ao arrependimento, "porque é chegado o reino dos céus" (Mt 3.2). Logo, se o Reino dos Céus é chegado, então, Jesus havia chegado. E, Ele veio, enviado por Deus para salvar o homem que nele crer (Jo 3.16), pois, devido ao pecado de um homem todos os demais pecaram (Rm 5.12) e ficaram destituídos da glória de Deus (Rm 3.23). Mas, assim como o pecado veio por um homem (Adão), assim também por um homem, Cristo, veio gratuitamente a justificação dos pecados, pela graça, exalada por Ele na cruz (Rm 3.24-26). Assim, o Filho de Deus veio para salvar o mundo e, ao final de seu ministério, já ressuscitado, entregou a principal função aos seus discípulos: anunciar o evangelho, que é poder de Deus para salvação do homem perdido (Rm 1.16). Portanto, diante de tais relatos bíblicos, concluimos que a função primordial da Igreja é anunciar a tão gloriosa salvação. "O progresso real de uma igreja é avaliado por seu alcance evengelistíco, juntamente com seus frutos espirituais, como resultado da semeadura da Palavra de Deus. Todas as demais atividades são importantes, mas a prioritária e incessante é a evangelização" (Pr. Elienai Cabral. Lições Bíblicas (CPAD), 1°. Trimestre 2007: A Igreja e a sua missão). Entendo que o louvor e a adoração fazem parte da natureza da Igreja, ou seja, é algo que lhe é peculiar, afinal, tudo que tem fôlego louva ao Senhor (Sl 150.6).
Por fim, resta-nos pregar este evangelho a tempo e fora de tempo (2 Tm 4.2). Que seja esta obra o nosso alimento (Jo 4.34), porque, quando este evangelho for pregado em todo o mundo, então virá o fim (Mt 24.14). Por isso, não esperemos sentados pelos outros sinais (Mt 24) para chegarmos aos céus. Do jeito que o mundo está, quanto antes formos, para o Céu, melhor!!!

Com Paz e na Paz,

Cristo em Mente.

segunda-feira, 8 de março de 2010

O último inimigo



Pois é, se você é uma daquelas pessoas que se orgulham de nunca ter cultivado inimigos, saiba que você tem um. E antes que faça conclusões precipitadas, não estou falando do Diabo, muito menos de qualquer pessoa em especial (isto inclui o telefonista de tele marketing). 
Este inimigo, ou melhor, inimiga, tomou ocasião de um erro cometido por nossos ancestrais e desde então nos inflama, debocha de nossa incapacidade em vencê-la, não distingue ninguém, pois, para ela, todos nós somos seus inimigos naturais e ela não vai parar, enquanto houver vivos.
Estou falando da morte, nossa maior e mais poderosa inimiga.
Suas visitas não são agendadas, e não se importa com a condição social de quem a irá receber: ricos ou pobres, não importa, certamente estão em sua lista. Não importa se é um astro pop em franco esforço por recuperar sua imagem, e toma toda forma de medicamento para reduzir as dores ou se é um viciado em crack, jogado nas ruas e abandonado por familiares que se sentem impotentes diante da loucura do vício. Se é um atleta idolatrado, numa manhã de domingo tentado recuperar o melhor de sua história, ou um grupo de jovens de baixa renda, que tentam ter um padrão de vida igual ao dos caras do asfalto mas que não podem esperar tanto tempo e preferem partir para tomar o que “precisam”. Independentemente, todos serão visitados por ela.
Você deve conhecer dezenas de histórias de “mortes bonitas”, mas duvido que deseje vivenciar alguma. Certamente conhece histórias de muitas pessoas que doaram suas vidas em prol de uma causa, seja social, política ou espiritual. Mas, se houvesse um meio de alcançar estas vitórias sem o sacrifício da vida, certamente seria a opção mais aceita.
Mas, porque ela incomoda tanto? Não existem centenas de teorias a respeito da pós-morte? Será que nenhuma delas conforta, consola, ou pelo menos, ameniza a dor dos que ficam? A resposta é mais complexa que a pergunta.
Não adianta criar possibilidades, ela certamente chegará. As plásticas, os métodos, a mais avançada ciência, se mostram incapazes, vãs tentativas de retardar a chegada daquela que ninguém deseja, mas, no final, sempre chega.
Pode causar alívio naqueles que vegetam. Pode até causar alegria naqueles que torceram para que ela chegasse ao lar do desafeto. Mas continuará sendo odiada, rejeitada, enfim, inimiga.
O apóstolo Paulo escrevendo aos irmãos da igreja que estava na cidade de Corinto, ensina a respeito da ressurreição dos mortos e no capítulo 15, versículo 26 ele diz: “O último inimigo a ser destruído é a morte”. Ela que entrou no mundo por causa da desobediência dos nossos pais, permanece marcando sua presença geração após geração. E nós, impotentes, nos confortamos como podemos. Alguns apelam para o ateísmo de ocasião: deixam de crer em Deus porque ele não lhe ouviu quando pediu que seu (sua) amado(a) não fosse tragado pela voracidade mortal da inimiga. Outros insistem em não deixar que este ou aquele se vá, e apela para a mediunidade para continuar com seu ente próximo. E há ainda aqueles que crêem que no fim, todos se encontrarão outra vez, e tudo passará.
Mas, todo consolo parece inútil diante da dor e do estrago que a morte causa. Não há palavras. Não há promessas.
Jesus, na casa de Lázaro, seu amigo que havia morrido há quatro dias, apresenta para Maria, a irmã inconsolável, a esperança de uma ressurreição que, no sentido do que ele deseja mostrar, seria imediata, pois ali se encontrava o autor da vida. Mas ela continuou triste, inconformada. Ao encontrar Marta, a outra irmã, o diálogo não foi muito diferente. Diante da possibilidade de uma ressurreição, Marta continua abatida pela dor causada pela morte. O próprio Jesus, diante do túmulo de Lázaro, chora a tragédia humana daqueles criados à imagem de Deus, e que agora, por conta do pecado, se tornaram mortais, vulneráveis e derrotados.
Talvez nossa maior frustração seja a impotência diante de sua crueldade. Não há armas de defesa. Não há estratégias. Não há esconderijos. Somos obrigados a aceitar os fatos, e estes dizem que somos mortais.
A Bíblia, a maior fonte de fé e inspiração espiritual que a humanidade já conheceu, não diz, em momento algum que a morte é boa ou desejável. Antes, enfatiza sua presença no mundo como fonte de dor resultante do erro humano e de sua rebeldia contra o Criador. Não é natural.
Natural seria o homem viver eternamente. Morrer não é natural. Por isso dói tanto, pois em nós está a imagem daquele que nos criou, e como Ele é, deseja que sejamos: Eternos. Mas isso só pode se tornar realidade quando o pecado for extirpado do meio e para isso morreu Jesus, para que outra vez possamos ter direito à eternidade.
Ser eterno foi sonho de muitos ditadores. É sonho de muitas celebridades. Mas, independente das tentativas, certo é que só quem é eterno e tem a eternidade nas mãos a pode dar. Humanamente falando, ninguém chegará a este ponto. Do ponto de vista cristão, já estamos prontos a recebê-la quando estivermos finalmente com Cristo – a nossa esperança. Ele foi o único que venceu a morte e por isso pode nos dar também a mesma vitória.
“Pois estou certo que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor”.

Publicado por Davi Oliveira no Blog Mente e espirito.

"Oração" Política!!!