terça-feira, 1 de junho de 2010

"Veja, o cristão e a tolerância

Por Silas Daniel*
A matéria de capa da "Veja" desta semana e a tolerância cristã
 "Um dos artifícios que o demônio usa para pôr os homens no caminho do mal é dar nomes desprezíveis a certas virtudes eternas e, assim, encher as almas fracas com o tolo medo de passarem por antiquadas se as exibirem" (Blaise Pascal)

A revista Veja desta semana (11/05/2010) publicou uma matéria de capa sobre o homossexualismo, defendendo a prática homossexual como sadia, natural, e apresentando como bons exemplos sociais jovens e adolescentes que "curtem" o homossexualismo, inclusive com a aprovação dos pais. E defendeu ainda como sendo preconceito a não aceitação do homossexualismo como algo natural. Disse ainda que quem não aceita essa prática como natural é "intolerante". Sobre isso, gostaria de reproduzir aqui algo que escrevi há alguns anos em minha coluna Crítica na revista GeraçãoJC (CPAD):

"Em época de significados distorcidos, clarificação de idéias se torna um dever constante. Por exemplo: O conceito de tolerância no cristianismo ou mesmo de tolerância em termos democráticos está sendo cada vez mais distorcido. Por isso, urge explicitarmos seu significado".

"Antes de tudo, o cristão bíblico, obviamente, defende fervorosamente a tolerância; porém, não qualquer tipo de tolerância. E que tipo de tolerância ele defende e qual ele não defende? Ele defende a tolerância em termos democráticos, que significa tolerância legal e tolerância social, mas não a tolerância acrítica. Como assim?"

"O cristão bíblico defende o direito que cada pessoa tem de acreditar em qualquer crença (ou em nenhuma) que se queira acreditar. Ele defende, por exemplo, que ninguém deve ser coagido a crer no que ele, cristão, crê. Isto é, o verdadeiro cristão defende e promove a liberdade religiosa. Isso se chamada tolerância legal".

"O cristão bíblico também defende o respeito a todas as pessoas, mesmo que discordemos frontalmente de sua religião ou idéias. Ele defende a paz entre os indivíduos, entre os diferentes. Isso é tolerância social".

"É com base na tolerância legal e na tolerância social que temos de fato a chamada liberdade religiosa".

"Entretanto, o cristão bíblico não defende a tolerância acrítica. Muito pelo contrário. Ele defende que a tolerância em uma democracia, assim como a tolerância cristã à luz da Bíblia, não é sinônimo de ser acrítico. O cristão tem o direito de expressar, defender e pregar os valores bíblicos".

"Tolerância cristã não é sinônimo de condescendência doutrinária, não é afrouxamento de princípios. Por isso, o cristão genuíno se opõe à agenda liberal, defende as verdades absolutas, prega a Palavra de Deus em sua inteireza e evangeliza. Ele, obviamente, é e deve ser condescendente e generoso com as pessoas, mas não condescendente no que diz respeito a relativizar os valores e princípios do Evangelho, no qual está baseada a sua fé e prática, nem deve olvidar o 'Ide' (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16), achando que evangelizar é desrespeitar a fé do outro, como tenta impor a ditadura do politicamente correto. O cristão bíblico não é, nem em seus princípios teológicos nem em suas decisões morais, Vox populi vox Dei. Ele é Sola Scriptura. Ou, como diria John Wesley, 'ele é o homem do Livro'".

Dito isso, vamos agora ao fenômeno em si destas últimas semanas: O que ocorre é que a mídia secular brasileira começou uma campanha em prol da aprovação do projeto de lei que tramita no Congresso Nacional objetivando instituir em nosso país o combate à chamada “homofobia”. O referido projeto é reprovado por evangélicos e católicos conservadores justamente porque, na prática, fere as liberdades religiosa e de expressão. Simplesmente, se aprovado como está, pregar que homossexualismo é pecado ou não permitir carícias entre homossexuais em lugares públicos (como templos, por exemplo) levará crentes à cadeia. E isso não é nenhum exagero.

Na Suécia, onde uma lei contra homofobia similar à brasileira já foi aprovada, pastores já foram presos por pregar que homossexualismo é pecado. Um deles foi entrevistado pelo jornalMensageiro da Paz (CPAD) à época: o pastor pentecostal Ake Green. No Reino Unido, onde recentemente uma lei idêntica também foi aprovada, quatro pastores já foram para a cadeia. Dois nos últimos dois meses (ver matéria da seção Avanços, Sinais & Descobertas da próxima edição do jornal Mensageiro da Paz - edição 1.501. junho/2010). Ainda no Reino Unido, um psicólogo foi demitido por não aceitar dizer a pacientes homossexuais que homossexualismo não é nada demais.

Aliás, aqui mesmo, no Brasil, mesmo sem o tal projeto ter sido aprovado, a psicóloga evangélica Rosângela Justino, do Rio de Janeiro, foi forçada a parar de atender a homossexuais que a procuravam pedindo ajuda para deixar o homossexualismo. Muitos deles estavam conseguindo deixar a prática após as sessões, mas o Conselho Federal de Psicologia não quis saber e foi dura com a psicóloga. Ou seja: homossexual não tem direito de deixar o homossexualismo. Tem que ser homossexual mesmo. É isso que está sendo imposto e que se pretende normatizar via legislação.

Infelizmente, a mídia secular brasileira, impressa e televisiva, está se empenhando pela aprovação do tal projeto, sem se importar com as consequências nefastas de sua aprovação (ataque às liberdades religiosa e de imprensa). Porém, venha o que vier, manteremos nossa posição, pois, como Wesley, somos pessoas "do Livro".

Publicado em cpadnews.com.br

Espiritismo em casa!

Tenho observado ultimamente como tem crescido sobremaneira as propagações espíritas por meio da mídia, principalmente por determinado canal global de televisão. Parafraseando o presidente da nação, nunca na história desse país um canal de televisão divulgou tanto o espiritismo como este canal global de televisão. Desde as prévias de lançamento do filme que relata a vida e as "obras" de Chico Xavier, precursor dos ideais espíritas no Brasil, até ao efetivo lançamento, empreendeu-se escancarado marketing para tornar conhecido o filme do referido espírita . Até mesmo os triviais congressos da classe ocorridos país afora foi destacado no noticiário.  Não obstante, a pouco tempo está em sua grade de programação uma novela que tem como carro chefe o espiritismo. Como uma das linhas espírita, apregoa a comunicação entre o espírito de quem está morto com quem está vivo, conquistam fatalmente a muitos, haja vista estarem fragilizadas devido a perda do ente querido. Por isso, buscam cegamente tal ensino, visando preencher a lacuna existente lendo as mensagens psicografadas. E esta é a mensagem da novela, inclusive, classificando os contrários como intolerantes e insensíveis aos espíritos. 

Não quero receber o título de preconceituoso (como é chamado quem propaga seu pensamento), tão somente creio no que a Palavra de Deus (Bíblia) ensina e, como crente nesta Palavra, tendo como dever anuncia-lá sempre (Mc 16.15); e assegurado na liberdade de expressão outorgado pela democracia exponho minha crença, assim como o referido canal global de televisão se utiliza da liberdade televisiva para alardear e defender seus ideais. 

A comunicação entre espírito do morto com quem vive não coadunam com a Bíblia Sagrada, pois, segunda a mesma, quando o homem morre o espírito volta a Deus, que o deu (Ec 12.7); e o corpo fica sob a terra aguardando a ressurreição em corpo glorificado. (mais sobre o assunto clique aqui). Muitos crentes conhecem essa verdade, contudo, todos os dias tem sessão espírita em sua casa. Contraditório? Também acho. Por ausência de vigilância, ao está a frente da televisão assistindo a novela veicula no canal global de televisão, os atos espíritos  (atos, não os espíritos) estão adentrando em seu lar, uma vez que durante o capitulo novelístico o espírito do morto vem à terra "conversar" com os vivos. E muitos, ainda "torcem" para os personagens se entenderem como uma simples história de amor.

Não é como sonhador que escrevo essa postagem, esperando (até almejo) que determinado canal global de televisão transmita princípios cristãos em sua grade de programação. Mas, cabe a cada crente analisar tudo e reter o que é bom (1 Tessalonicenses 5.21), usando de maneira "protestantemamente correta" a sua televisão. Afinal, o nosso inimigo não vem mais com fogueira e/ou guilhotina. Mas, trajado de anjo de luz (2 Corintios 11.14) para nos confundir, transformando o errado em normal, enfraquecendo-nos a fé.

Vigiemos! para que o nosso nome permaneça escrito no livro da vida. E não escrito nas estrelas! 

Na Paz,

Cristo em Mente.