terça-feira, 26 de outubro de 2010

O Crescimento da Igreja Primitiva!

É inegável e indiscutível a relevante ação do Espírito Santo no início da Igreja no livro de Atos dos Apóstolos. Como conseqüência pela obediência de atender ao Senhor Jesus Cristo, quando ordenou que todos ficassem em Jerusalém para receber poder do Consolador (At. 1.4; Jo 14.26), os discípulos que perseveraram unanimente em oração tornaram-se mais capacitados para a boa obra, quando do alto foi derramado unção do Espírito e falaram em outras línguas. Com certeza esse fato marcou o início da Igreja do Senhor na terra, dotada de poder e virtude.
Porém, apesar da efusão do Espírito Santos no dia de Pentecostes, a Igreja Primitiva cultivou algumas ações, motivados pelo Espírito Santo, claro, que contribuíram para um significativo acréscimo de cristãos com qualidade. Em Atos 2.42 estão explícitas essas atitudes. Vejamos: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”:

a) E perseveravam na doutrina dos apóstolos...” – Em uma das definições de perseverar temos: “conservar-se firme e constante (num propósito); continuar”. Assim sendo, concluímos que, os novos crentes, não obstante a unção que recebiam após a conversão, conservavam-se firmes e constantes no propósito de meditar e conhecer as doutrinas apostólicas. Como cristãos autênticos temos ciência que a Palavra de Deus é viva, é eficaz, é mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, penetra a divisão da alma, do espírito, e das juntas e medulas e, é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração (Hb. 4.12), ou seja, é o nosso sustento espiritual. Destarte conhecermos essa verdade, movidos pelas ocupações desta vida, deixamos de “perseverar” nessa Palavra diariamente para alcançarmos a perfeição espiritual (Ef. 4.13), estando prontos para manejar essa verdade (2 Tm 2.15), para respondermos com mansidão e temor a qualquer que pedir a razão da nossa esperança (1 Pe 3.15). Fazendo assim, não estaremos cometendo erros (Mc 12.24) que nos afastem de Deus, pelo contrário, estaremos praticando a recomendação do profeta Oséias: “ Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor... (Os 6.3ª).

b) ... e na comunhão... – Assim como na doutrina, conservavam-se firmes e constantes no propósito de manterem a comunhão (gr. Koinonia), isto é, “tendo em comum, sociedade, companheirismo, denota: a parte que alguém tem em algo, participação, companheirismo reconhecido e desfrutado” (Dicionário Vine, pág. 485, CPAD). Esse partilhar de experiências e interesses comuns dos cristãos da Igreja, fomentava a união espiritual e fraterna dos irmãos, proporcionando a cada um deles suprimir a falta existente, uma vez que “vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade” (At. 2.45).
c) ... e no partir do pão... – Como conseqüência da genuína comunhão que vivenciavam, partiam o pão de casa em casa e comiam juntos com alegria e singileza de coração (At 2.46). Pão no Livro Sagrado, metaforicamente, representa o sustento da vida. Por isso, o Senhor Jesus intitulou-se “o pão da vida” (Jo 6.48), ou seja, Ele (Jesus) é o sustento da vida (Jo 15.5). Como importante trabalho social, os cristãos primitivos, fracionavam o pão entre si, saciando a fome física do necessitado e não deixava de anunciar o “pão” para o alimento espiritual: Jesus!

d) ... e nas orações... - Por fim para incrementar a qualidade do crescimento da Igreja, os irmãos permaneciam firmes e constantes no propósito da oração. Cristão e oração na óptica bíblica são palavras sinônimas, visto que é impossível ter êxito na caminhada cristã sem momentos de diálogos (oração) com Deus. A oração é chave para abrir as portas das bênçãos espirituais. Por isso aqueles irmãos, além de perseverarem na doutrina, na comunhão e no partir do pão, exerciam com constância e firmeza o ato da oração.
Por derradeiro, a conseqüência dessas atitudes de fé e exercício cristão, está no versículo 47b, capítulo 2 do livro em apreço (Atos): “... E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. Bons exemplos são para serem seguidos. Sigamos firmes e constantes esses exemplos apresentados. Deus abençoe!!!