segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os fariseus de hoje!!!





São os exterminadores da liberdade alheia, que excluem sumariamente as pessoas e se afastam delas, achando que são muito melhores do que elas.
São os que usam luvas de assepsia e jogam no lixo os diferentes, os quais diferem deles quanto ao estilo, conceitos, doutrina, postura moral, ética e religiosa.
São os que têm “complexo de São Pedro” por se julgarem acima da lei, se achando no direito de abrir ou fechar as portas do céu de acordo com seu julgamento distorcido, separando antes do tempo determinado o joio do trigo, quem é salvo ou não, quando Jesus proíbe veementemente tal atitude.
São os que pensam que estão sozinhos no mundo, e acham que eles e sua igreja, serão os únicos que vão ser salvos, e sua doutrina, teologia, liturgia e preceitos morais são os únicos certos e todos ao redor estão errados.
São os que se prendem a teias de legalismos tentando comprar a graça de Deus com obras humanas e ofertas de desempenho pessoal. Estes, na prática, esperam ainda obter o favor de Deus, com boa moralidade e bom comportamento, anulando assim, completamente o sacrifício de Cristo na cruz.
São os que colam máscaras de religiosidade na cara para impressionar o mundo, assumindo ridículas atitudes de bajulação e arrotando vantagens, tecem grandes relatos de proezas espirituais exacerbadas.
São os que ficam à espreita da liberdade dos outros, criticando e disseminado suspeitas de todo tipo, visando salvar sua própria reputação e descobrir e expor à vergonha a reputação de quem não concorda com sua maneira hipócrita de ser.
Se nos tempos de Cristo os fariseus eram os líderes religiosos de sua época,os anciãos do povo, os que cpmpunham o Sinédrio, os líderes que detinham o poder religioso e mantinham o status quo econômico da nação, os fariseus de hoje também compõem grande parte da liderança das igrejas de hoje. Eles são os que se assentam nos concílios, nas juntas administrativas, nas comissões gestoras das organizações eclesiásticas, e se reúnem como donos e os chefes das grandes corporações da fé.
São, no entanto, aos olhos infalíveis de Jesus, hipócritas (atores que atuam com máscaras) que disseminaram ervas danosas no meio do trigo da igreja.
Sua atitude, apesar do alto teor moral, é tida diante de Deus, como palha que queima e que, ao passar pelo crivo do fogo purificador dos olhos do Rei, só sobrará cinza e poeira.
São os que ainda hoje Jesus chama de cobras venenosas, sepulcros caiados, bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e todo tipo de imundície, os que coem um mosquito e engolem um camelo, guia de cegos, e dignos do inferno.
São esses aos quais Jesus disse que o honram com os lábios mais seu coração está longe Dele, e que adoram a Deus em vão, e cujos ensinos não passam de regras ensinados por homens.
Fico pensando em quão inconsistente é, para Jesus, tanta pompa, tantas construções, tantos cursos infindáveis de educação religiosa, tantas regras proibitivas, tantos sistemas complexos, tantos preceitos inócuos, e que no final pouca coisa sobrará de útil para o Reino, e quase nada que perdurará para vida eterna.
Não seja nem consinta ser um fariseu de hoje. Sai das fileiras da hipocrisia, e venha se alistar no exército dos filhos da luz, que andam na verdade, na simplicidade do Reino e que não tem outra motivação que não seja agradar ao Rei oferecendo um coração sincero e transparente, e motivações que advém do coração, por saber que Ele se compraz (se alegra sobremaneira) da verdade no íntimo.

Por Lucas Conceição / Publicado no Blog do Lucas.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Teólogos discutem as causas da tragédia na Região Serrana



Uma reunião emergencial é convocada pelo conselho de teólogos da cidade. Teólogos de diversas correntes  se reunem para debater as causas espirituais da tragédia que atingiu a região serrana do Rio, provocando a morte de centenas de pessoas. Um deles toma a palavra e afirma com convicção:

- Meu caros colegas, a razão pela qual sobreveio tão grande mal sobre elas é que estas cidades foram fundadas por um imperador promíscuo. Só há uma maneira de quebrar esta maldição: façamos um ato profético de troca de nome e refundação de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo. Sugiro que passem a chamar-se respectivamente, Igrejópolis, Cristópolis e Nova Jerusalém, e que sobrevoemos cada uma delas derramando vasos de unção vinda de Israel.

Percebendo o clima de rejeição provocado por sua proposta, o tal teólogo preferiu pedir licença e deixar a conferência, levando consigo uns três ou quatro companheiros.

Depois de alguns murmurinhos, outro teólogo se levanta e com voz impostada diz:

- Senhores, tudo isso é apenas prenúncio do fim do mundo. Nada há que possamos fazer para reverter isso. As coisas vão ficar cada vez pior, até que Jesus volte para nos remover deste mundo e entregá-lo de vez ao diabo.

Sua palavra foi interrompida por aplausos. Esta parecia a melhor resposta a ser dada para tentar explicar a situação, e com isso, impedir que sua cátedra fosse desacreditada.

Fazendo sinal de silêncio, outro teólogo toma a palavra e afirma como que sussurrando:

- Meus nobres companheiros, Deus não tem nada a ver com isso. Ele está tão surpreendido com a tragédia quanto cada um de nós. Ele até poderia ter evitado se tão somente difesse conhecimento prévio dela. Mas vocês sabem… Ele só conhece o que se pode conhecer. O futuro lhe é um incógnita. Por isso, não o responsabilizemos por isso.

Seu discurso foi interrompido por outro teólogo, que vociferava:

- Quanta bobagem! Deus é Soberano! Ele mesmo provocou tudo isso! E quem somos nós para discutir sobre Seus desígnios! Estas cidades estão sob o juízo divino. Assim como todo o Estado do Rio de Janeiro, com sua prostituição infantil, seus carnavais, suas oferendas a Iemanjá e sua corrupção política e policial.

O clima esquentou na reunião. Ninguém conseguia entender o que o outro dizia. Uns gritavam: É o fim do mundo! O outro: Jesus está voltando!

De repente, entra na sala outro teólogo com sua roupa imunda de lama. Todos se calam pra saber o que se passou e qual a posição daquele colega atrasado.

Com a voz rouca e embargada, o teólogo se desculpa:

- Queridos, perdoem-me o atraso. É que eu estava ajudando a socorrer as vítimas. Não tive tempo nem de banhar-me para a reunião.

- E qual sua posição acerca desta tragédia? perguntou o que presidia a mesa.

Pelo que respondeu:

- Nada tenho a declarar. 

Depois de alguns segundos de silêncio, ele completou:

- Estou liberado? Posso retornar ao meu trabalho?


Por Hermes C. Fernandes. Publicado aqui.

Ano Novo - Rio - Tragédia!

É gratificante quando rompemos para um novo ano. Ter o privilégio de vivenciar mais uma virada de ano é muito significante, haja vista muitos não conseguirem chegar. Junto com o novo ano vem o renovar de sonhos e projetos.
Contudo, infelizmente, além da busca de novas realizações, no florescer do novo ano, já nos preparamos para os acontecimentos no Sudeste do país, quanto as chuvas de verão, que muito se intensificam no mês de janeiro. Tornou-se uma desalentadora rotina de todos os brasileiros a cada início de ano, ver famílias inteiras serem ceifadas por tragédias naturais. Reportagens intensas e extensas mostram o sofrimento, a angústia, a desesperança, as incertezas do futuro e o choro, muitas vezes incontido, de pessoas que perderam móveis, roupas, documentos, casas e os mais dolorosos: pai, mãe, filho (a), avô, avó, neto (a), sogro (a), genro, nora, cunhado (a), amigos.
Em 2011, repito, infelizmente, não foi diferente. Até o encerramento desta postagem já estavam contabilizados 510 mortos e mais de 13 mil desabrigados, deixando todos o país em luto, por mais esta tragédia anunciada, tendo em vista que os governantes têm conhecimento do que fazer, porém, a falta de compromisso em arregaçar as mangas e encarar o problema e solucionar é inexistente. É fato que  não se resolve completamente de um ano para o outro, mas é necessário um posicionamento firme poder público para atenuá-lo ano após ano, senão continuará num erro recorrente: só fazer algo quando corpos estão sendo enterrados.
Diante de mais uma tragédia, rogamos a Deus que conforte aos enlutados e conceda forças a todas as famílias para recomeçar, não só o ano, mas também suas vidas. Finalizo esta postagem com o ecoar da resposta de um morador quando perguntado sobre o que fazer diante daquela situação: "Agora é recomeçar. Deus tirou, mas dá de novo".

Quer ajudar? Veja como no Blog do Hermes Fernandes.